AS VISÕES MÍSTICAS DE SANTA HILDEGARDA: O QUE ELA VIA... E POR QUÊ?
Essa sensação, rara e misteriosa, era comum para Santa
Hildegarda de Bingen — uma mulher do século XII que viveu cercada por
espiritualidade, silêncio e coragem. Desde muito jovem, ela dizia ver a “Luz
Viva”: uma claridade intensa, colorida, cheia de símbolos e sons, que
trazia ensinamentos profundos sobre Deus, a alma e toda a criação.
Hildegarda não era uma mística qualquer. Ela não se isolou
do mundo, nem buscava fama. Mas o que experimentava era tão forte, tão
insistente, que ela não pôde ignorar.
A luz vinha enquanto ela estava acordada. Era como se a
realidade espiritual se abrisse diante dela — com imagens de fogo, espirais
celestes, vozes que não falavam com a boca, mas com o espírito. Ela dizia que
tudo isso vinha de Deus. E que sua missão era registrar e compartilhar.
Mesmo em uma época de severas restrições às mulheres,
Hildegarda foi autorizada pela Igreja a escrever suas visões. E assim nasceram
livros como Scivias e O Livro das Obras Divinas, que encantam
estudiosos até hoje.
Será que havia algo ali que não podia ser ignorado?
O que essas visões queriam nos ensinar?
As mensagens de Hildegarda não eram apenas orações ou
reflexões teológicas. Eram ensinamentos sobre a vida, o corpo, a natureza e
a alma.
Ela dizia que o universo inteiro era uma grande harmonia
criada por Deus — e que nós, seres humanos, somos parte desse equilíbrio.
Quando nos afastamos da natureza, da fé e da escuta interior, adoecemos. O
sofrimento, para ela, muitas vezes começava na alma antes de se manifestar no
corpo.
Você já pensou que a cura pode estar em um banho de ervas,
em uma pedra sobre o peito, em uma canção suave ao amanhecer?
Para Hildegarda, tudo isso fazia parte do que ela chamava de
“medicina da alma”.
E se, ao conhecê-las mais de perto, você acabar encontrando algo que também estava procurando por você?"
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